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Writer's pictureMariana Del Bosco

CRANBERRY

A cada semana, mês ou ano, surgem novas dietas milagrosas e novos “superalimentos”. Há alguns anos, foi o caso da cranberry que no Brasil é comercializada como fruta seca, como suco ou em cápsulas.  E por que ela se tornou tão famosa? Porque, há algum tempo estuda-se a associação entre o consumo de cranberry e prevenção de infecção do trato urinário.

A cranberry é uma fruta originária da América do Norte. Por isso, os dados de composição nutricional são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em 100g da fruta fresca temos: 46 kcal, 12g de carboidratos, 0.5g de proteína, 0.1g de gordura, 3.6g de fibra e 14mg de vitamina C. Uma parte da vitamina C é perdida no processo de desidratação. A fruta seca comercializada aqui tem, em média, em 100g: 340 kcal, 82g de carboidratos, 0.5g de proteína, 1.4g de gordura, 5.4g de fibra.

Além dos macro (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais), ela contém inúmeros compostos bioativos – antioxidantes – como flavonóis, flavan-3-ols, antocianinas, proantocianidinas, entre outros.

Os flavonóis, assim como as antocianinas responsáveis pela coloração avermelhada da fruta, por exemplo, também podem ser encontrados na uva, na acerola, no açaí e na jabuticaba.

Além de infecção do trato urinário, tem se estudado bastante o uso da cranberry na prevenção de doenças periodontais, doença cardiovascular, no combate à bactéria Helicobacter pilory que causa gastrite, entre outros. Parece que a fruta pode ser útil na prevenção de tais doenças, mas há ainda um longo caminho e muitos estudos pela frente para que tenhamos esta certeza.

Concluindo, a cranberry é uma fruta e pode ser consumida dentro da famosa alimentação equilibrada. Porém, existem outras frutas nacionais com as mesmas propriedades que podem fazer parte da alimentação do dia a dia.

Referências:

Côté J., Caillet S., Doyon G., et. al. Bioactive Compounds in Cranberries and their Biological Properties. Crit Rev Food Sci Nut 2010;50:666-679.

Lima A. J. B. et al. Anthocyanins, pigment stability and antioxidant activity in jabuticaba [Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg]. Rev Bras Frutic 2011;33(3):877-887.

Lima V. L. A. G., Melo E. A., Lima L. S., et. al. Flavonóides em seleções de acerola (Malpighia sp l.). 1- Teor de antocianinas e flavonóis totais. Cienc Rural 2000;30(6):1063-1068.

Malacrida C.R. & Motta S. Compostos fenólicos totais e antocianinas em suco de uva. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas 2005;25(4): 659-664.

Obbio F., et al. Identificação e quantificação das antocianinas do fruto do açaizeiro (Euterpe oleracea) Mart. Food Sci Technol (Campinas) 2000;.20(3):388-390.

Pappas E. & Schaich K.M. Phytochemicals of Cranberries and Cranberry Products: Characterization, Potential Health Effects, and Processing Stability. Crit Rev Food Sci Nut 2009; 49:741-781.

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